portrait, people, darkness-3113651.jpg

COMPLETUDE DO ANIMUS/ANIMA, segundo Jung

“(Zeus) o filho de Cronos tomou sua Esposa nos braços; e a graciosa terra lançou relva nova debaixo de seus pés, lírios d’água e açafrão úmidos de orvalho, e um leito macio repleto de jacintos, para erguê-los do chão. E ali se deitaram, cobertos por uma belíssima nuvem áurea, da qual caía uma chuva de gotículas reluzentes.” (Livro 14)( PG.175) Tal cena nos remete ao amor, a uma união de casal. Lembremos que a mitologia nos fornece o símbolo, o arquétipo para podermos ampliar a percepção e ver o encontro com o matrimônio sagrado, uma união psicológica do masculino com feminino dentro de cada indivíduo. A completude numa trajetória de experiência singular do inconsciente com o consciente humano. O não encontro, a negação desse casamento pode gerar disputas internas frequentes dando espaço a energias petrificadas no caminho da jornada do autoconhecimento. Jung meditou muito sobre esta completa plenitude de união, segundo ele, a plenitude só pode ser vivenciada se admitirmos os aspectos masculinos e femininos de nossa natureza. É o casamento psicológico da mulher com seu animus ( os aspectos masculinos) e o homem com sua ânima ( aspectos femininos). Na arteterapia uma atividade artística de integração bastante interessante é da argila com casca de ovo. A argila é sovada e moldada sob um aro de papelão canelado. A forma do aro, de uma aliança de 20cm, com espessura de 4cm recebem as cascas de ovos estas recobrem a aliança formando um mosaico sobre a argila. Após a secagem da argila as cascas podem ser pintadas com tinta esmalte, dando um efeito brilhante as cascas nos remetendo ao brilho de azulejos. A essência da atividade é o encontro, o casamento, a integração do animus da mulher e da anima do homem. Os quais trazem as suas bases representadas na argila: a estabilidade, a corporalidade do elemento terra; o barro e a delicadeza da casca de ovo traz o nascimento da aceitação, do acolhimento, da integração rumo à individuação organizando sensações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Woolger, Jennifer Barker. A deusa interior: um guia sobre os eternos mitos femininos que moldam nossas vidas; tradução Carlos Afonso Malferrari. São Paulo: Cultrix, 2007.Pg.175 e 176. 

  • Arteterapeuta Trícia Penna, AATESP 494/0319

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima