Não existe acontecimento na vida que não contenha dualismo e, no entanto, que não tenha também a experiência da unicidade por trás do dualismo. Então eu diria que o tema mitológico primordial é ajudar a pessoa a experienciar o que Jung chama de coniunctio oppositorum, a conjunção dos opostos.”
(Campbell,Joseph,2008,pg.162) A integração dos opostos existe dentro de cada ser humano, às vezes não é visualizada, dificultando o autoconhecimento durante a jornada. A arteterapia e os mitos ampliam o olhar através dos símbolos que surgem nas atividades artísticas oferecendo possibilidades para que o inconsciente emerja e promova a integração dos opostos.
Uma proposta interessante para ativar a percepção do olhar para a integração consiste em construir uma gangorra com palitos de sorvete. Símbolo da infância, brincar usando o peso do corpo para gerar movimento nos traz à memória o pendular de 2 polos. O peso e o impulso dado do apoio no chão movimenta a gangorra. Faz sentido ver que as escolhas têm força de ação e liberam um movimento de vai e vem, o qual só existe com o peso oposto integrando a si mesmo dentro do círculo, promovendo um equilíbrio na sincronicidade do movimento. A jornada da vida é permeada de escolhas e obviamente ao se escolher um caminho, uma atitude ou uma razão algo é deixado de lado.
Os limites são impostos e o autoconhecimento é estruturado. Dando base, suporte para crescimento promovendo bem estar, qualidade de saúde mental e emocional através da arteterapia.
Referências Bibliográficas Campbell, Joseph. Mito e transformação, São Paulo:ed.Ágora, 2008, pág.162
- Arteterapeuta Trícia Penna, AATESP 494/0319